quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Gírias com Dr. HOUSE

Devemos ou não aprender e falar gírias em outro idioma?
Na definição da palavra “gíria” já podemos encontrar uma parte da resposta.

Veja: “linguagem informal caracterizada por um vocabulário rico em idiomatismos metafóricos, jocosos, elípticos, ágeis e mais efêmeros que os da língua tradicional”. Ou ainda: dialeto usado por determinado grupo social que busca se destacar através de características particulares. Linguajar rude; calão”. Fonte: Dicionário Houaiss

Notamos que o uso de gírias mesmo na língua materna é por natureza delicado e exige bom senso. É fundamental saber em que ocasiões usar, aonde falar, com quem e qual gíria é aceita naquele ambiente. Muitas vezes o uso de uma gíria no lugar errado ou com a pessoa errada, pode provocar desentendimentos, ofensas e conflitos desnecessários.

Quando estamos aprendendo outro idioma, principalmente em um nível avançado,  um aspecto importante é reconhecer um discurso formal e um discurso informal. Existem expressões e palavras mais óbvias que distinguimos com facilidade, no entanto, algumas diferenças são mais sutis e mais difíceis de serem reconhecidas. Não é raro encontrarmos testes de proficiência que utilizam questões com foco nessa capacidade (distinguir o formal do informal) para avaliarem o nível lingüístico dos alunos.

Outro fator importante que podemos observar nas definições da palavra “gíria” é o de que, é um tipo de linguagem reconhecida em grupos específicos e tem um “prazo de validade” muito curto (vocabulário ágil e mais efêmero que o da língua tradicional).

Ou seja, o uso das gírias em uma segunda língua assim como na língua materna, exige bom senso. Entretanto, o fato de ser mais difícil reconhecer os padrões de formalidade e informalidade em uma língua estrangeira, torna mais delicado o uso de gírias em um segundo idioma.

Concluindo: aprender gírias em outro idioma geralmente é curioso e divertido, porém  usá-las... só quando estivermos muito seguros de não estarmos cometendo uma enorme gafe ou uma indelicadeza involuntária.

A propósito, assista Hugh Laurie (o Dr. House) brincando com as gírias britânicas e americanas com Ellen no divertido “Ellen Show”!
Versões sem legenda e legendada:

                                                      Versão original:




Versão legendada:

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

De onde vêm as boas idéias.

Quem não quer ter uma boa idéia? Criar algo que inove, algo revolucionário. Mas isso nem sempre é tão fácil. As vezes a idéia é boa, mas inviável no momento. As vezes ela não é tão boa assim, mas estamos tão apaixonados por ela que não vemos seus defeitos. O vídeo abaixo conversa sobre isso e ele em si é uma ótima idéia.
O vídeo também oferece uma boa oportunidade para praticar seu inglês. Quem sabe o que significa "hunch" em inglês? ou "breakthrough"? Será que você consegue deduzir pelo contexto?
Abaixo você encontrará duas versões: em português e em inglês.
Um bom treino seria assistir primeiro em português e depois duas vezes em inglês. Você perceberá que quando assistir a segunda vez em inglês as associações e o entendimento serão muito superiores em comparação à primeira.
Isso porque quando você estiver assistindo a primeira vez em inglês seu cérebro estará fazendo inúmeras associações com o texto assistido previamente em português. Por sua vez, quando você assisti-lo em inglês pela segunda vez (já com as associações feitas) seu cérebro estará mais focado no entendimento geral do vídeo, e as expressões já serão entendidas com mais naturalidade.
Experimente!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Mímica hilária

Gestos e expressões faciais são elementos fundamentais para a comunicação.
Quando estamos aprendendo outro idioma esses elementos são ainda mais importantes.
É por esse motivo que falar uma língua estrangeira ao telefone é uma tarefa bem mais complicada do que falar pessoalmente.
Por outro lado, algumas pessoas são tão expressivas que quase não precisamos da fala para entendê-las.
Talvez tenha sido com esse conceito que o quadro interpretative dance que é parte da série Fast and Loose  criada por Dan Patterson, foi  concebido.
Graças a hilária performance de David Armand, o resultado é uma apresentação de mímica das mais engraçadas.
Vale a pena dar uma olhada nessa divertida atuação.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Fluência X Tempo


Em tempos de globalização, velocidade de informação, qualidade total, etc., talvez o “produto” mais precioso que exista seja o tempo.
Já falamos aqui sobre a importância do tempo.
No entanto, apesar de tentarmos fazer tudo rápido porque temos muito o que fazer, algumas coisas “teimam” em exigir nosso tempo. Uma delas é a aprendizagem.
Falamos com muitas pessoas que estão interessadas em aprender inglês ou espanhol, e uma das perguntas mais freqüentes é: “Quanto tempo vou demorar para aprender?”.
Normalmente espera-se  a resposta em unidades de meses ou anos. Algo como 2 anos , 36 meses.
Acontece que esse tempo não dá para ser medido desta forma. Essa resposta tem que ser dada em unidades de horas.
Por exemplo, quem estudar de 700 à 1000 horas de inglês, alcançará a fluência no idioma e conseguirá se comunicar com competência.
A forma como cada um divide essas horas é que fará a diferença em termos de dias, meses ou anos.
Ou seja, um aluno que estuda 10 horas por semana, alcançará a tão almejada fluência e se comunicará com competência bem antes do que um aluno que estuda 2 horas por semana.
Não acredite em fórmulas milagrosas!
Falamos de idiomas por ser nossa especialidade, entretanto, pode-se notar isso em qualquer área do conhecimento. Não se constrói conhecimento ou desenvolve-se alguma habilidade sem dedicar a ela algum tempo. Quando vemos uma apresentação de ginástica olímpica, por exemplo, ou uma apresentação de um instrumentista virtuoso, não há dúvida que existe ali um grande talento. Mas, também podemos ter certeza de que foram gastas muitas horas de estudo e treino.
Outra questão importante na pergunta “Quanto tempo vou demorar para aprender?”, é o nível de linguagem desejado.
Quando falamos aqui em 700 horas estamos imaginando um nível específico de linguagem.
É claro que é possível se expressar com fluência e competência em menos tempo.
Porém, é preciso saber qual o objetivo dessa comunicação, ou seja, o quê será comunicado. Qual o contexto em que essa linguagem estará inserida.
 Mas... isso é assunto para um próximo papo.
Até breve.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Virtudes que transformam


É certo que fatores afetivos são fundamentais em se tratando de aprendizagem de um novo idioma.
Falta de motivação, baixa auto-estima, o fato de gostar ou não gostar do idioma influenciam diretamente na capacidade de aprender.
Portanto se você está aprendendo um novo idioma ou pensando em iniciar um curso, pense nisso.
Temos uma tendência natural de gostar mais do que fazemos bem. Repare, por exemplo, em crianças aprendendo um determinado esporte.
Depois de algum tempo, as que se destacam, devido a habilidade natural para o esporte começam a se interessar mais e mais. Ficam animadas com os treinos, praticam em casa e não perdem uma chance de mostrar essa habilidade. Já as crianças que não demonstram habilidade nata tendem a se desinteressar, abandonar a atividade e buscar outras alternativas.
O mesmo acontece com a aprendizagem do idioma. A diferença é que muitas vezes, gostando ou não, ele é necessário.
Portanto temos dois tipos de ciclo: o primeiro positivo e o segundo negativo.

  1. Tenho talento e gosto naturalmente do idioma
  2. Logo, me interesso, leio, falo e quero aprender mais
  3. Por sua vez, aprendo mais
  4. Com isso, fico motivado e feliz com isso
  5. Voltar ao item 2

  1. Tenho um pouco de dificuldade com o idioma
  2. Logo, passo a não me interessar tanto
  3. Por sua vez, aprendo menos
  4. Com isso, fico desmotivado e triste com isso
  5. Voltar ao item 2
 Se você se identifica com o primeiro ciclo, ótimo, continue assim e aproveite essa facilidade natural que você tem.
Se você se identifica mais com o segundo, a boa notícia é que há solução!
A solução é acrescentar alguns elementos que quebram o ciclo negativo e o transformam em positivo. São eles: disciplina, determinação e perseverança.
Sem esses elementos aprender um novo idioma seria só uma questão de aptidão, ou seja, sorte de ter esse talento natural.
A disciplina, a determinação e a perseverança são virtudes que transformam e promovem evolução.
Vamos ver como isso acontece?

  1. Tenho um pouco de dificuldade com o idioma
  2. Porém, com disciplina, determinação e perseverança consigo aprender um pouco mais e melhorar meu desempenho
  3. Por sua vez, fico motivado e feliz com isso
  4. Logo, passo a me interessar, ler e buscar um pouco mais de informação
  5. Com isso, aprendo mais e melhoro meu desempenho
  6. Voltar ao item 3
Pronto, ciclo refeito. Transformado em positivo. Modificado!
Essas virtudes (disciplina, determinação, e perseverança) são, em boa parte, responsáveis pela nossa evolução.
Esse é o maravilhoso poder de transformação que cada um de nós tem nas mãos.




terça-feira, 28 de junho de 2011

Aprender para que?


Ninguém quer aprender algo que não gosta, não precisa ou não desperta interesse.
O aprender geralmente nasce da necessidade, da curiosidade ou do prazer.
Os avanços tecnológicos da humanidade começam a partir de necessidades. O homem cria suas ferramentas, das mais rudimentares até as mais sofisticadas, porque precisa de algo.
Da necessidade de se locomover com mais rapidez nascem os meios de transportes individuais e coletivos. Da necessidade de curar doenças e aumentar a longevidade nascem os remédios e as vacinas. Da necessidade de viver em comunidade nascem as leis.
Outra fonte de motivação que leva o homem a aprender é o prazer. Para satisfazer as necessidades de  prazer dos sentidos nascem as artes plásticas, a música, a dança, enfim todas as manifestações artísticas.
Por fim, a curiosidade é outra importante fonte de motivação para o começo de um processo de aprendizagem. Olhando os fenômenos que ocorrem a sua volta o ser humano começa a pensar nos porquês, de que forma, qual a razão e partir daí investiga, descobre e reinventa o mundo.
A aprendizagem se torna um fardo quando os aprendizes não vêem sentido no que aprendem. Aprendem por imposição. Em outras palavras são forçados a aprender conteúdos que não sentem necessidade de aprender, não estão curiosos e muito menos sentem prazer na aprendizagem.
Hoje não é só a escola que ensina. Hoje os alunos aprendem com um amigo sueco através do facebook, com um professor londrino pelo twitter, com uma palestra ministrada na faculdade de Yale nos EUA acessada pelo Youtube.
A escola não detém mais o monopólio da informação e do conhecimento
Portanto, hoje, também é papel da escola e dos bons professores criarem aulas significativas. Aulas que tenham conexão com a realidade dos alunos. Aulas interessantes e dinâmicas
Se um assunto é obrigatório ou uma matéria é pré-requisito cabe a escola e ao professor apresentá-la de forma atrativa.
Sobre esse aspecto a escola tem muito a aprender com a televisão e a internet. A estética e a forma de apresentar diversos conteúdos (sem entrar no mérito da qualidade da informação) são indiscutivelmente muito atrativas nesses veículos. Haja vista o tempo que as pessoas gastam assistindo ou interagindo com esses meios.
Concluindo, a escola moderna não pode ficar acomodada e apresentar seus conteúdos como sempre o fez. É essencial atrair a atenção dos alunos e isso só acontecerá se a escola estiver em sintonia com os dias de hoje. Usando a linguagem dos dias atuais sem comprometer a qualidade do conteúdo e os valores fundamentais da educação.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ótimas dicas!


Frequentemente alunos interessados perguntam aos professores sobre como aprender  mais rapidamente ou como enfrentar dificuldades no processo de aprendizagem de um novo idioma.
Geralmente nas respostas encontramos palavras como determinação, disciplina, organização, desafio, entre outras.
Esse semestre no primeiro dia de aula fizemos um bate papo com todos os alunos sobre o que é necessário para se tornar  um ótimo aluno de idiomas. Nessa conversa também passeamos por esses caminhos.
Apesar de não existir uma fórmula secreta  que nos faça aprender num piscar de olhos, essas dicas são sempre bem vindas e cada vez que conversamos sobre essa lista de sugestões sempre aparece alguma que nos serve como uma luva.
Essa semana recebemos um artigo muito interessante enviado pelo nosso aluno Franklin Gonçalvez do Básico 1.
Por achar que as dicas estão de acordo com o que acreditamos estamos publicando-as aqui no nosso Blog.
Espero que gostem e que consigam colocá-las em prática.
Valeu Franklin!
Segue o link do artigo: 10 dicas infalíveis para quem quer aprender inglês